Capítulo 3. - Demetria On.

     Complicado. Tão inesperado que poderia acontecer, mas tão inevitável. O que fazer? Seus lábios, parecem doces como um doce tirado de uma criança persistente. Mas, o que fazer se não posso senti-los? Oh, meu doce amado Joseph, tire-me daqui, leve-me para longe. Talvez em sonhos, ou simplesmente em pensamentos. Mas tire-me, e eu juro que você pode obter-me.

- E aí, o que vai fazer, Dem'z? - Ela riu.

- Maddie, vai mesmo ficar bem?

- Relaxa Demi. Já sei me cuidar. - Encarei suas duas amigas, as três estavam sentadas sobre a cama, eu estava fitando-as da porta.

- Juízo, ok? Meu número está ali na escrivaninha. - Sorri, e logo depois dei as costas. Selena me esperava no carro.

   Assim que chegamos na balada, fui ao toalete, enquanto ela foi pegar algumas bebidas para ambas. Logo depois de retocar meu batom, abri a porta e caminhei por entre a multidão. Alguém me puxou para um canto, respirei fundo encarando o garoto.

- Posso ajudá-lo? - Livrei-me de sua mão que segurava meu braço.

- Eu estava atrás da garota mais gata dessa festa, acho que encontrei - Ele riu

- Ah, quantas caíram nesta? - Sorri, ironicamente. Logo depois dei as costas, ele me puxou para si.

- Dança comigo - Suspirou, seu suspiro passou por meu pescoço, descendo até a ponto de meus dedos.

- Olha - Virei-me - Eu não quero, tá legal? Não tô a fim. Meu humor tá lá em baixo, pode fazer o favor de não piorá-lo? - Ele sorriu maliciosamente.

- Eu posso melhorá-lo - Me prendeu contra a parede, e seus lábios imediatamente encontraram o meu. No mesmo segundo me vi sem saída, enquanto seus lábios, quentes e prazerosos pediam passagem para a língua. Cedi, enquanto sua língua entrava desesperadamente por minha boca, movendo-se entre meus dentes, suas mãos deslizaram de minhas costas até meu quadril. Enquanto minhas duas mãos puxavam seus cabelos, fazendo-o gemer baixinho.

    Ele me puxou pela mão. Fomos para o meio da pista de dança, seus lábios não deixavam os meus livres por nenhum segundo se quer. Ele beijava-me desesperadamente. Eu retribuia todas as suas cariciais, quando o beijo foi ficando mais quente, ele foi caminhando até a parede lentamente, ainda me beijava, um calor passou de imediato por meu corpo, e ele soltou-me em um empulso.

- Qual é cara - Reclamou. Abaixei minha cabeça com vergonha, não querendo ver as pessoas paradas a nossa frente.

- Demi? - Reconheci imediatamente. Olhei para Selena.

- Er... A própria! - Murmurei. E só assim percebi quem estava ao seu lado.

   Era Joseph Adam Jonas.

- Demetria... - Seus olhos semi cerrados, pareciam um tanto decepcionados. Seus lábios se moveram para falar algo, mas imediatamente ele virou-se e começou a caminhar em meio a multidão. Lentamente minhas pernas moveram-se atrás dele. Segurei seu braço. Joseph virou-se para mim. - Então é isso?

- Olha... Eu... - Gaguejei algumas palavras. Sem nem eu mesma entender, Joseph olhou para mim mão que segurava seu braço, e logo depois puxou-o. Caminhou mais rapidamente, em direção a porta da saída. Fui atrás dele, um pouco mais lentamente, devido aos garotos que me puxavam ou passavam a mão em mim, droga! Reclamei mentalmente para mim mesma. E assim que alcancei a porta, um grupo de garotos começou a chamar-me. Demetria. A famosa garotinha rebelde conhecida pela cidade toda.

- Ei gostosa! - Um deles gritou

- Vem cá vem, já que você fugiu da sua mansãozinha! - Ignorei completamente. Joseph estava um pouco mais a frente, aumentei o ritmo dos passos, e assim que cheguei perto dele, uma mão gélida puxou-me com rispidez.

- Não foge não - O que me segurava disse. Logo depois o outro aproximou-se.

- Me larga! Sério! - Reclamei. Eles riram.

- Acho que ela não tá a fim, Trace. - Ele riu, e o que me segurava revirou os olhos. O garoto afastou-se, e o tal de Trace continuou me segurando.

- Soube que você é boa na cama - Ele riu

- O que? - Encarei-o - Me larga. Na boa. 

- Não, não. Minha cama está esperando por nós, Lovato - Ele riu - Odeio sua família, sabe? Sempre odiei. - Ele mordeu o lábio - Mas você, toda essa beleza. Dá onde saiu, hein? Eu poderia jurar que conheceria uma garota mais gata e gostosa, e até hoje, nunca conheci 

- Não importa. Me larga. Não vou a lugar algum com você! - Ele apertou meu braço com mais força

- Não. Você vai sim! - Me chacualhou com força. Tentei empurrá-lo, foi falho.

- Não ouviu a moça? - Joseph!

- Tá falando comigo, riquinho? - Trace encarou-o com um tom divertido nos lábios.

- Largue-la - Falou, aproximando-se mais.

- E se eu não quiser? - Trace apertou meu braço com mais força, o que me fez soltar um gemido de dor, baixo mas que Joseph escutou, pois empurrou Trace com força, e como eu esperei, ele não largou meu braço, apenas me levou junto ao chão. - Droga mano! - Reclamou, ele ria, enquanto levantava-se. Joe se dirigiu a mim e estendeu a mão para que eu levantasse, logo depois colocou-me atrás dele.

- Olha, melhor você vazar - Joe falou. Eu poderia sentir a raiva transbordando por seu corpo, enquanto ele segurava minha mão atrás dele.

- Véi, porque tá defendendo essa prostituta? Eu encontrei primeiro essa, vai atrás de outra! - Joseph pulou sobre ele, dando-lhe socos e chutes. Não sabendo o que fazer apenas me aproximei, puxando Joe para perto de mim. Ele cedeu assim que minhas mãos tocaram seus braços, com medo de me machucar ele levantou-se. Cuspiu na cara de Trace e passou o braço por volta da minha cintura, levando-me rapidamente dali.

- Ele te machucou? - Parou quando já estávamos mais distantes. Enquanto fitava-me.

- Não. Tá tudo bem. - Suspirei.

- Demi - Abaixei a cabeça, ele levantou esta pelo queixo. - Tá tudo bem mesmo?

- Não - Disse - Sei que você está decepcionado comigo.

- Ah, por você estar se pegando com meu melhor amigo? É um bom motivo, sim.

- Então porque me defendeu? - Abaixei a cabeça novamente. Ele levantou esta mais uma vez, enquanto acariciava meu rosto.

- Eu sempre vou encontrá-la. Protege-la. Eu sempre vou preferir você, sempre escolherei você, doce Demetria. Lembra-se? - Ele sorriu docemente. Assenti, enquanto lutava contra lágrimas que não queria lutar. - Mas de qualquer forma - Largou meu rosto - É melhor eu parar com essas coisas românticas. E com esse lance de ficar atrás de você. Porque... Você se entregou a alguém que simplesmente te trancou contra uma parede e beijou-a. Nunca esperei isso de você, Lovato.

- Olha, Joe. Eu só... - Suspirei, não encontrando uma desculpa que pudesse cobrir o tamanho do meu erro.

- Tudo bem. Te levarei até em casa. E ao nascer do sol, não a atormentarei mais, Lovato. - Ele tornou a caminhar. Segurei seu braço.

- Gosto de ser atormentada.

- Procure outro alguém que lhe faça juras e mais juras de amor, e logo depois goste de ver-se quebrado em uma balada. - Ele sorriu, e livrou-se de meu braço. Caminhei a alguns 

passos atrás dele.

    A rua estava serena. Alguns carros passavam, poucos. O vento estava gélido, o que eu não daria para estar nos braços de Joseph neste momento. Suspirei alcançando-o.

- Não vai mesmo me perdoar? - Perguntei.

- Não é uma questão de perdoar, Demetria. É mais uma questão de você ter respeito consigo mesma, com seu corpo, e pelo o que eu percebi hoje, te falta muito isso de ''respeito''. - Encarei-o perplexa

- Olha aqui, não é porque eu estou atrás de perdão, que você tem o direito de falar assim comigo, ok Joseph? - Ele parou de caminhar, enquanto suspirava.

- Olha, Lovato. Eu perdi todo o respeito que sentia por você nesta noite, e eu não sinto mais obrigação de tratá-la bem. Desculpe-me se está acostumada a ser tratada como uma princesa por mim! Ah não, como minha doce Julieta. Oh, minha doce Demetria. Dê-me um tempo, eu não consigo nem olhar para você. - Empurrei-o com força, enquanto meus olhos 

insistiam em ficarem lacrimejados. Corri rapidamente mais a frente.

    Assim que cheguei em frente a minha casa, entrei rapidamente, batendo a porta atrás de mim. Subi as escadas correndo, enquanto as gotículas de lágrimas caiam sobre o chão. Estava me culpando severamente por todos os acontecidos da noite. Joguei-me em minha cama, tentando controlar um pouco as lágrimas, mas quando pude perceber, o sono já estava dançando comigo, lentamente, como uma simples canção de ninar, eu adormeci, em meio a toda tristeza, solidão, em meio a mais bela dança.

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No próximo respondo os comentários! *-*

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